sábado, 27 de junho de 2009

Breve resenha do artigo "A soil science renaissance"


Bastante conveniente e interessante o artigo entilulado "A soil science renaissance" publicado na revista Geoderma, e escrito por dois de seus editores chefes, relatando a atual tendência da sociedade enxergar a Ciência do Solo.

Os autores fazem analogia do contexto atual da Ciência do Solo com o Renascimento que tirou a Europa da Idade Média, iniciando uma nova fase de esclarecimento sobre o Universo, ressaltando ainda que as novas pesquisas desfrutam de metodologias até então inéditas, dando a entender que seus resultados proporcionarão algo semelhante à perspectiva de um Novo Mundo apresentado à sociedade européia a partir das grandes navegações, além das obras artísticas que são referências ao longo dos séculos.

Segundo os autores, este “Renascimento da Ciência do Solo” foi impulsionado pela crise advinda da diminuição de investimentos financeiros e institucionais que esta ciência vem sofrendo, continuamente fazendo com que cientistas do solo repensem sobre antigos paradigmas e busquem se adequar às novas necessidades da sociedade, esta que cada vez mais demanda conhecimento sobre o recurso solo.


O modelo clássico do passado em conduzir a Ciência do Solo era unicamente como subsídio técnico para atividades agrícolas, no entanto, a nítida tendência atual é que também a sociedade vem despertando para considerar o solo como um importante componente ambiental, uma vez que o número de publicações abordando de alguma forma a Ciência do Solo, assim como seus respectivos fatores de impacto, vem aumentando continuamente ao longo dos últimos anos e, os incrementos dos fatores de impacto de publicações que abordam o solo sob um contexto mais holístico apresentam tendências de serem maiores, em relação aos dos fatores de impacto das publicações que tratam o solo em uma ciência pura.

Atualmente, cerca de 84 % das publicações envolvendo Ciência do Solo são feitas em periódicos não exclusivamente especializados em Ciência do Solo, como as revistas Nature e Science.


5 comentários:

msg disse...

Caro Marcus

Seja bem-vindo,depois de um longo "descanso". Deve ter estado a "carregar a bateria".
O que aqui,agora,nos traz,é de entusiasmar quem levou uma vida dedicada a um Solo muito particular e muito restrito,quando em confronto com o caso daí,do Grande Brasil.
Uma coisa é certa,são muitas as revistas que se debruçam sobre o Solo. Basta pôr no Google Soil Science Journals para o ver. De resto,seria isso natural,quando continua a ser pelo Solo que nos chega a comidinha,e a Familia Humana não pára de aumentar,abeirando-se das sete mil milhões de bocas,uma grande parte delas,infelizmente,famintas,infelizmente para elas,mas felizamente para as outras,que podem comer mais.
E pronto,Marcus. Agradecido pela informação,desejo-lhe muito boa saúde e muito bom trabalho.

msg disse...

Olá,Marcus

Numa segunda reacção ao seu oportuno post,parece uma coisa aparentemente estranha a percentagem de 84% que a Geoderma refere,e que o Marcus,atento,lembra.
E muito interessante é o ser a própria Geoderma,uma das clássicas revistas da Ciência do Solo,a notá-lo. Devia estar muito triste,e esconder o facto.
Mas é a vida Marcus,a vida,a que nenhuma revista escapa,seja ela de que matéria for. É a evolução.
De resto,não é de admirar,quando são aos "montes"os investigadores.É claro que os pendores,as modas,o ambiente,essa linda bandeira,e outras coisas mais,como os "referees",o prestígio das revistas,o seu estar mais nas vistas,emfim, um cem número de razões para diversificar.
Quanto ao ambiente,como sabe,os disponibilizadores dos dinheiros são mais sensíveis a ele,o ambiente,e,então,tem,nalguns casos,de se fazer o que eles querem,ou então, fazer o que se quer,contemplando também o querer de outros. Enfim,é a vida. Deve ser,pelo menos,em parte por isso,que não faltam revistas com pendor misto. Isto sem lembrar os clássicos Agricultural Journals,onde cabe tudo o que é agricola,como a velhinha de Cambridge. Vocês aí têm a bela revista Scientia Agricola,com uma secção de Soil Science.
E pronto,Marcus,creio que esta segunda reacção está mais de acordo com o seu post.
Um abraço,muito boa saúde,e muito bom trabalho.

Marcus V. Locatelli disse...

Prezado Manuel, desculpe-me pela demora em postar, pela demora em moderar seus comentários e demora em lhe dar satisfação.
É isso aí, o que vejo nisso tudo é que a sociedade cada vez mais passa a cobrar, mesmo que sem saber, tecnologias cientificamente embasadas no que se refere à utilização do solo, proporcionando otimização dos recursos, naturais e sintéticos que deles inevitavelmente provém, a "tal" da sustentabilidade passando a ser um impositivo técnico cada vez maior, seja para comida, seja para outras formas de utilização do solo.
abraços

msg disse...

Caro Marcus

Pois é Marcus a "sustentabilidade". De quem Marcus,de quem? Há tantos a sustentar,uns que o sabem fazer,outros,coitados,que estão à espera de que se lembrem deles. Neles,inclui-se o Solo,da TERRA,o único que temos,por enquanto. Mas há tantos interesses,interesses desencontrados,de tal monta,que a tal "sustentabilidade" que alguns propõem parece ser coisa utópica. Mas por o ser,não se pode desistir. Pode ser que,um dia,um novo,ou um velho,consiga. Quem sabe?
Quanto à sua visita,muito agradecido. Olhe,talvez os serezinhos que andam por aí,no ar,na terra,sobretudo,nos oceanos,dêem uma ajudazinha,que eles são muitos,muitos. Pode ser que um deles estenda "os braços",quem sabe?
Um abraço,Marcus,e muito boa saúde.

Elton Valente disse...

Meu Caro,

Acho que agora vou conseguir postar um recado aqui. Neu computador estava meio atrapalhado.

"Tirei" férias, como sabiamente já vinha me recomendando nosso Amigo Manuel. Mas não parei de escrever minhas inutilidades.

Tem blog novo na praça. Quem o assina é Fernando Brasil, depois eu explico. A proposta agora é falar das "amarras da vida" com um pouco mais de bom humor. O nome do blog é Tateando Amarras: http://tateandoamarras.blogspot.com/

Um abraço!