Segundo os autores, este “Renascimento da Ciência do Solo” foi impulsionado pela crise advinda da diminuição de investimentos financeiros e institucionais que esta ciência vem sofrendo, continuamente fazendo com que cientistas do solo repensem sobre antigos paradigmas e busquem se adequar às novas necessidades da sociedade, esta que cada vez mais demanda conhecimento sobre o recurso solo.
O modelo clássico do passado em conduzir a Ciência do Solo era unicamente como subsídio técnico para atividades agrícolas, no entanto, a nítida tendência atual é que também a sociedade vem despertando para considerar o solo como um importante componente ambiental, uma vez que o número de publicações abordando de alguma forma a Ciência do Solo, assim como seus respectivos fatores de impacto, vem aumentando continuamente ao longo dos últimos anos e, os incrementos dos fatores de impacto de publicações que abordam o solo sob um contexto mais holístico apresentam tendências de serem maiores, em relação aos dos fatores de impacto das publicações que tratam o solo em uma ciência pura.
Atualmente, cerca de 84 % das publicações envolvendo Ciência do Solo são feitas em periódicos não exclusivamente especializados em Ciência do Solo, como as revistas Nature e Science.
O artigo: Hatermink, A. E. & McBratney, A. A soil sciense renaissance. Geoderma, 148 (2): 123-129. 2008.